Secretaria de Agricultura e Pecuária corre contra o tempo para implantar medidas e quer nova avaliação até maio
O tempo passa e cada vez mais o Rio Grande do Norte convive com o risco de ficar para trás no projeto de ampliação das áreas de zona livre da febre aftosa. Diante do atraso potiguar em relação a outros estados, o Governo do Estado tenta correr atrás do prejuízo o mais rápido possível, e espera convidar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para uma nova visita no fim de maio. Na última auditoria, o Mapa identificou uma série de deficiências no RN e na Paraíba, e deixou o sinal de alerta aceso quanto ao risco de ambos terem seus rebanhos isolados do resto do país, o que impediria a entrada e saída de animais dos dois estados.
O secretário estadual da Agricultura, Pesca e Pecuária (Sape), Betinho Rosado, reconhece a situação "incômoda", mas confia na resolução dos problemas indicados pelo ministério ainda no primeiro semestre. Enquanto o RN resolve as pendências, seis estados (Alagoas, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco e Piauí) terão suas sorologias agendadas em breve. Embora o ministério não especifique uma data, os inquéritos sorológicos devem acontecer em abril. Segundo o próprio Mapa anunciou na última terça-feira, o início das sorologias automaticamente impõe restrições ao Rio Grande do Norte e Paraíba no trânsito de animais.
Rosado quer convidar o Mapa para a realização de uma nova auditoria no final de maio, o que segundo ele possibilitaria a entrada na fase de sorologia, passo determinante para garantir a transformação do estado em zona livre de aftosa. Hoje o status do RN é de risco médio, e com a gravidade da situação chegou-se a cogitar a queda do status para zona de risco desconhecido. De acordo com Betinho Rosado, as correções estão caminhando e um investimento de R$ 300 mil já teria sido feito pelo Governo do Estado para solucionar as deficiências.
O principal desafio ainda é a atualização do banco de dados que registra todos os estabelecimentos e o trânsito de animais dentro do estado. O sistema estava desatualizado desde 2010 por falta de pagamento da empresa que fazia a manutenção. "Uma empresa já foi contratada emergencialmente", relata Rosado. Entretanto, o secretário revela que além da desatualização dos dados, apenas 40% das propriedades cadastradas apresentam informações "consistentes". Com isso, 60% dos locais precisam de novos cadastros. "Até 15 de abril esperamos começar esse levantamento", prevê.
Para o presidente da Associação Norte-Rio Grandense de Criadores (Anorc), Marcos Teixeira, a situação potiguar é "a pior possível". O criador avalia que se chegou ao atraso justamente pela falta de providências do Governo do Estado. Teixeira recebeu garantias do secretário de que o estado não ficaria para trás, e disse confiar na nova postura adotada pelo poder público.
RN isolado
Mesmo considerando os atrasos do RN e PB, o Ministério da Agricultura deixa claro que a intenção é ampliar as zonas livres de aftosa em conjunto. Ao mesmo tempo as restrições aos dois estados ficarão de pé até que sejam atingidos resultados satisfatórios nasauditorias. O superintendente do Mapa no RN, José Teixeira Júnior, alerta para o fator de localização dos dois retardatários. "A posição de RN e PB não prejudica o trânsito dos demais estados", avalia. Teixeira acrescenta que o estado não subirá de status sem as condições mínimas de estrutura.
Soluções tomadas
A operacionalização do sistema de emissão das Guias de Trânsito Animal (GTAs) foi um dos impasses solucionados até o momento pela Secretaria de Agricultura do Estado. Responsável pelo serviço e também pela garantia da segurança contra a aftosa, o Instituto de Defesa Agropecuária do RN (Idiarn) terá aporte garantido pelo Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RN) para atender todos os municípios. O secretário conta que um impasse estava dificultando esse apoio, e como o Idiarn não está em todo o estado, o atendimento ficava prejudicado.
Betinho Rosado garantiu que também está encaminhada a estrutura dos 12 escritórios regionais do Idiarn no estado. Uma das exigências do Mapa foi essa estruturação, visto que as centrais careciam de equipamentos melhores, como computadores novos para acessar o banco de dados. Por último, o secretário revelou que as dívidas relacionadas a diárias operacionais, necessárias para o funcionamento das barreiras sanitárias, vêm sendo liquidadas. Os débitos impediam aoperação nas barreiras.
![]() Betinho Rosado garante que RN não ficará para trás na luta contra aftosa. Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press |
Rosado quer convidar o Mapa para a realização de uma nova auditoria no final de maio, o que segundo ele possibilitaria a entrada na fase de sorologia, passo determinante para garantir a transformação do estado em zona livre de aftosa. Hoje o status do RN é de risco médio, e com a gravidade da situação chegou-se a cogitar a queda do status para zona de risco desconhecido. De acordo com Betinho Rosado, as correções estão caminhando e um investimento de R$ 300 mil já teria sido feito pelo Governo do Estado para solucionar as deficiências.
O principal desafio ainda é a atualização do banco de dados que registra todos os estabelecimentos e o trânsito de animais dentro do estado. O sistema estava desatualizado desde 2010 por falta de pagamento da empresa que fazia a manutenção. "Uma empresa já foi contratada emergencialmente", relata Rosado. Entretanto, o secretário revela que além da desatualização dos dados, apenas 40% das propriedades cadastradas apresentam informações "consistentes". Com isso, 60% dos locais precisam de novos cadastros. "Até 15 de abril esperamos começar esse levantamento", prevê.
Para o presidente da Associação Norte-Rio Grandense de Criadores (Anorc), Marcos Teixeira, a situação potiguar é "a pior possível". O criador avalia que se chegou ao atraso justamente pela falta de providências do Governo do Estado. Teixeira recebeu garantias do secretário de que o estado não ficaria para trás, e disse confiar na nova postura adotada pelo poder público.
RN isolado
Mesmo considerando os atrasos do RN e PB, o Ministério da Agricultura deixa claro que a intenção é ampliar as zonas livres de aftosa em conjunto. Ao mesmo tempo as restrições aos dois estados ficarão de pé até que sejam atingidos resultados satisfatórios nasauditorias. O superintendente do Mapa no RN, José Teixeira Júnior, alerta para o fator de localização dos dois retardatários. "A posição de RN e PB não prejudica o trânsito dos demais estados", avalia. Teixeira acrescenta que o estado não subirá de status sem as condições mínimas de estrutura.
Soluções tomadas
A operacionalização do sistema de emissão das Guias de Trânsito Animal (GTAs) foi um dos impasses solucionados até o momento pela Secretaria de Agricultura do Estado. Responsável pelo serviço e também pela garantia da segurança contra a aftosa, o Instituto de Defesa Agropecuária do RN (Idiarn) terá aporte garantido pelo Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RN) para atender todos os municípios. O secretário conta que um impasse estava dificultando esse apoio, e como o Idiarn não está em todo o estado, o atendimento ficava prejudicado.
Betinho Rosado garantiu que também está encaminhada a estrutura dos 12 escritórios regionais do Idiarn no estado. Uma das exigências do Mapa foi essa estruturação, visto que as centrais careciam de equipamentos melhores, como computadores novos para acessar o banco de dados. Por último, o secretário revelou que as dívidas relacionadas a diárias operacionais, necessárias para o funcionamento das barreiras sanitárias, vêm sendo liquidadas. Os débitos impediam aoperação nas barreiras.
Da redação.
Com Diário de Natal.
Felipe Gibson

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